"Situação catastrófica": Alemanha e outros quatro estados pedem cessar-fogo para Gaza

Cinco ministros das Relações Exteriores criticam duramente os planos de Israel na Faixa de Gaza. "Os planos anunciados pelo governo israelense podem violar o direito internacional humanitário."

Em uma declaração conjunta, vários estados, incluindo a Alemanha, rejeitaram firmemente a decisão de Israel de expandir sua operação militar na Faixa de Gaza.

Tal operação "agravaria a situação humanitária catastrófica, colocaria em risco as vidas dos reféns e aumentaria ainda mais o risco de deslocamento em massa da população civil", disse o comunicado , assinado pelos ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Austrália, Itália, Nova Zelândia e Grã-Bretanha.

"Os planos anunciados pelo governo israelense podem violar o direito internacional humanitário", disseram os ministros das Relações Exteriores. "Qualquer tentativa de anexação ou expansão de assentamentos viola o direito internacional." Os signatários instam as partes em conflito e a comunidade internacional a "fazerem todos os esforços para finalmente pôr fim a este terrível conflito".

O que é necessário é um cessar-fogo imediato e duradouro "que permita a entrega de assistência humanitária maciça, imediata e sem entraves, já que o pior cenário de fome se aproxima em Gaza". A organização terrorista Hamas deve "libertar imediatamente e sem outras condições prévias todos os reféns e garantir que sejam tratados com humanidade e não sejam submetidos a crueldade e humilhação".

O gabinete de segurança israelense tomou a decisão de expandir a operação militar na Faixa de Gaza durante a noite para sexta-feira. Segundo a resolução, o exército israelense assumirá o controle da Cidade de Gaza e, simultaneamente, entregará ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate, segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O anúncio gerou duras críticas de muitos aliados de Israel.